sábado, 25 de fevereiro de 2012

44- NOTA DEZ PARA ESCOLA TEIA


O local é próximo ao Parque da Água Branca na capital de São Paulo.


O ambiente é composto de salas temáticas e salas de reuniões para registro onde os professores tutores têm a tarefa de estimular os alunos a registrarem suas hipóteses, suas experiências e suas conclusões, a metodologia é multicultural.

Teia é uma das 5 escolas brasileiras que executam o Projeto CurrículoGlobal


PEQUENAS ATITUDES QUE FAZEM GRANDE DIFERENÇA NO PROCESSO EDUCACIONAL
AUTONOMIA NA ALIMENTAÇÃO

Tudo pronto para que cada criança exercite a autonomia na hora da alimentação através da mini-gôndola. (Cada um escolhe o que quer, o quanto quer  e exercita a educação das mãos ao retirar os alimentos e colocar em seu próprio prato).


UM PEQUENO CANTEIRO ...MUITAS LIÇÕES...

Benditos são os frutos da terra. As crianças aprendem a cultivar, colher e se alimentar da força de seu trabalho no bom aproveitamento da natureza que a cerca. E ainda mais se beneficia do contato com a terra que a acalma e desenvolve a concentração e o senso de observação.



Minha irmã Zelinda Paschoalick, Rosa Bertholini,  diretora da Escola da Teia e eu.
UM GINÁSIO DE MULTI USO


O nome é QUADRA DO MOVIMENTO, a cara é de um amplo ginásio esportivo, com tudo muito carinhosamente planejado. 

Aqui as crianças e os adolescentes que estudam recebem orientações de bem cuidar saudavelmente de seus corpos, de como expressar seus sentimentos através dos movimentos, de comunicação corporal, aprendizado esportivo despertando aptidões e ainda por cima realizam as assembléias que cuidam do comportamento, das emoções e da formação da cidadania.



UMA SOLUÇÃO ECOLÓGICA



As crianças de 4 anos estavam a brincar no jardim quando resolveram prender uma joaninha no copo. Ao perceberem que ela estava triste e sufocada as crianças foram à sala de registro e resolveram desenhar a joaninha, prendê-la no copo e soltar o inseto verdadeiro. 

Desta maneira a professora tutora aproveitou a oportunidade para uma belíssima aula vivenciada e integrada de artes, relações interpessoais, biologia, ecologia, português, matemática e história da humanidade. 

Na hora da foto as crianças estavam conversando e tendo a idéia de fazerem um teatro para relatarem a todos os alunos da escola o fato ocorrido e as decisões tomadas a respeito de maus-tratos a animais.


OFICINAS DE INFORMAÇÃO  E MUITO MAIS



Na escola TEIA em São Paulo, aos moldes da Escola da Ponte de Portugal, cada grupo de alunos é monitorado por um professor Tutor que tem a criativa tarefa de auxiliar os alunos a entrelaçar e registrar os aprendizados de maneira  que os alunos possam, além de se aprofundar mais no conhecimento, comprovar suas hipóteses e aplicar o conhecimento  em sua vida diária.

Bem humorada a diretora nos fala sobre “cachorro que tem muito dono” criticando o sistema vigente no país onde os alunos passam de mão em mão, a cada 45 minutos trocando de professores e nenhum deles assume a responsabilidade sobre o aprendizado e desenvolvimento integral do aprendiz.

Na TEIA os alunos têm contato com os professores especialistas que planejam, em comum acordo com os tutores, projetos e atividades para cada faixa etária, mas os grupos são heterogêneos aos moldes da natureza do relacionamento familiar e humano.

INAUGURANDO NOVO PRÉDIO

Após 7 anos de eficaz prestação de serviços educacionais a TEIA inaugura nova sede e vai provando dia a dia que é possível desenvolver o processo educacional em um ambiente harmonioso onde professores, alunos, família tiram as trincheiras do campo de guerra e se unem para o bem maior daqueles que são a continuidade de nossa espécie. 


NOTA DEZ para escolas aonde a arte conduz o processo de ensino-aprendizagem.

NOTA DEZ para escolas onde o autoconhecimento é meta tangível e alcançada.

NOTA DEZ para escolas em que se preocupam com a atuação dos alunos na construção da sociedade.

NOTA DEZ para a TEIA MULTICULTURAL – Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Como estimular os alunos a irem à Escola? O fim do absentismo escolar.


Ely Paschoalick critica a medida do governo britânico de multar os pais que requisitarem dispensa de aulas a seus filhos. 

Escrevi na semana passada sobre a quantidade de alunos quenão querem freqüentar as aulas e algumas pessoas me disseram que eu não havia tido uma pesquisa plena, apenas conversei com alguns pais e alunos em minha viagem, e que aquilo não poderia ser o hábito ou sentimento da maioria. 

Fiquei meio pensativa... mas hoje as notícias do jornal confirmam minha teoria de que a grande maioria dos alunos do século XXI não quer, não gosta e não se sente atraída pelas aulas que ministram nas escolas. 

Li a matéria que relata sobre a atitude do governo britânico em multar ospais que solicitarem dispensa das aulas para os filhos gozarem férias fora da temporada.

Lembrei-me do meu tempo de mãe de três crianças que não aceitavam faltar às aulas, mesmo quando eu precisava ir viajar com elas. Eram motivadas a estudar e gostavam dos trabalhos escolares que faziam com seus colegas.

Lembrei-me também dos meninos alunos da Escola da Ponte quando perguntei a dezenas deles: É melhor vir para a escola ou o período de férias? E a resposta sempre foi: Escola!

Porque estes alunos são motivados a estudar? A ir para a escola? A assistir aulas? 

Com certeza a resposta é que eles se sentem parte do “andar” da escola e sabem que farão falta aos colegas e que as atividades feitas em suas ausências também lhes farão falta. 

Alguns chegaram até a expressar isto verbalmente, outros se limitaram a dizer: Porque eu gosto muito. Porque eu aprendo muito. Porque é bom. 

Se o governo britânico está, através de seu ministro da Educação, Sr. Michael Gove, necessitando lançar mão de medidas punitivas aos pais para combater o absentismo escolar, é sinal de que as coisas por lá não andam bem.

E que desesperados e cheios de pré-conceitos resolvem anunciar mais uma barbaridade no declínio da educação mundial.

Enquanto o mundo não entender que quem está errada e inadequada é a Escola desvios como este serão utilizados e de nada adiantarão.

É hora dos professores resolverem os problemas de ensinagem com profissionalismo e não com instrumentos de repressão.

Quem é o aluno de hoje? O que ele deseja? O que lhe estimula?

Estas são as premissas iniciais para mudanças educacionais e não a premissa: De quem é a culpa?

Procurar o culpado já fez parte dos passos para a receita para perder. 

Já houve tempo que os culpados eram os professores, outro eram as crianças, em outro tempo a culpa estava no governo, outrora na Lei de Diretrizes e Bases, agora nos pais...

É preciso mudar o sistema escolar, quebrar paradigmas e, no século da comunicação e da interatividade, envolver os alunos em seu próprio processo de aprendizagem. 

Um dos caminhos é o professor tutor como Orientador Educativo e o plano quinzenal planejado e realizado pelo próprio aluno. 

Outro caminho é realmente focar no aluno os 4 pilares da Educação traçados por Jaques Delor's ao final do século XX. 

Caminhos existem e muitos, mas é preciso mudar de rumo.

Vejamos até quanto e quando iremos procurar culpados e fingir que mudamos!!!!