sábado, 23 de outubro de 2010

Resposta do enígma da alfabetização.

Você já conseguiu diagnosticar como fica sua emoção frente a desafios?

Como fica sua vontade emocional de enfrentar desafios quando você percebe que os outros foram mais rápidos do que você?

Como você reagiu ao enigma abaixo?




Se você já tem as respostas das perguntas acima vá até a resposta do enigma de educação


Volte para o artigo ALFABETIZAÇÃO E EMOÇÃO para refletir mais um pouco sobre seu processo frente ao desafio não resolvido ou resolvido.

Alfabetização e Emoção

Vamos tentar decifrar este enigma? Preste atenção e vá escrevendo a frase que você adivinhar.





 Se eu lhe disser que todo mundo resolve rapidinho e que você precisa se esforçar mais um pouco e resolver também, você se motivaria ou desmotivaria a terminar de decifrar o enigma?

Se esta experiência fosse feita em grupo e eu começasse  a elogiar muito alguém que iniciava a leitura e se encontrasse ao seu lado,  você se sentiria motivado ou desmotivado a terminar de decifrar o enigma?

Sabendo que a resposta está acessível, você se motiva mais a decifrar antes de ver a resposta ou você , interrompe suas hipóteses e corre para ver a resposta?


Bem, você deve ter percebido que este exercício foi elaborado para poder refletir um pouco sobre o processo (o que se passa dentro da pessoa - a energia gasta por dentro) emocional que vive alguém que está tentando resolver algo difícil que o desafia. 

Assim se apresenta a alfabetização para os alunos que não dominam as letras.

Um grande desafio que a criança, principalmente a de 4 à 7 anos deseja decifrar.

O mais interessante a respeito do processo (a energia gasta por dentro) é que ele é pessoal e imprevisível. Quero dizer com isto que não dá para sabermos se a pessoa será estimlada ou desestimulada frente isto ou aquilo. Apenas sabemos que a emoção é a gasolina do cérebro e que é ela a mola propulsora para a criança se sentir capaz e se interessar por leituras e escrita, assim como também tornar-se desinteressada e ficar "preguiçosa" frente a atividades escolares. 

Refletindo sobre alfabetização

Nesta manhã chuvosa de primavera - 2010/outubro - reuni-me com educadores de uma escola municipal e refletimos sobre educação. 

Foi uma manhã muito proveitosa pois todos os professores presentes estavam participativos, animados e atenciosos.

Iniciamos nossa reflexão lendo coletivamente este texto:


De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea,  não ipomtra emqaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso,a úncia csioa iprotmatne
éque a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo
O rseto pdoe seruma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea.
Itso é poqruenós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
            Cruisoo, !

Refletimos sobre o quanto ficamos preocupados com o acerto ortográfico das palavras e o quanto o mais importante é a expressão da idéia. Lógicamente que haverão momentos propícios de aprendizado da ortografia, pois afinal escrever é expressar suas idéias de tal maneira que um leitor, mesmo distanciado, consiga entendê-la e assimilá-la. 
O que não podemos fazer é corrigir tudo e a todo momento, corrigir tanto que inibimos, no aluno, a livre expressão de suas idéias. 

O mais importante é o aluno compreender as funções e o uso social da língua escrita para registrar, informar, comunicar, instruir, divertir;

Descobrindo tais funções o aluno acabará reconhecendo as vantagens da permanência do registro (o que foi escrito fica registrado e guardado) e perceberá a orrespondência entre fala e registro (tudo que se fala pode ser registrado; tudo que está escrito pode ser lido); 

Recordamos o que os estudos de psicogenética de acordo com uma abordagem"construtivista - interacionista" discorrem sobre os erros: 

"É necessário permitir o “erro construtivo”, pois este resulta de raciocínio lógico, deduções coerentes, e apresenta-se como resultado do esforço que a aprendiz está fazendo para compreender o objeto da sua exploração cognitiva". (Piaget)

Não se corrige o que a criança escreveu.  Deixe-a levantar sua hipóteses e prová-las. O conflito de não compreender o que escreveu ou do outro não poder ler o que a criança escreveu favorece a fixação da ortografia.

A hipótese silábica é uma construção da criança e o  treino  descontextualizado e mecânico das sílabas ou palavras não favorece o aprendizado ou memorização da ortografia.

Refletimos também sobre as 4 fases - segundo EMÍLIA FERREIRO – Buenos Aires – 1974:

1ª FASE = Pré – silábico
2ª FASE = Silábico
3ª FASE = Silábico Alfabético
4ª FASE = Alfabético
 


Segundo Ferreiro o conceito de que cada letra representa um som e que a escrita é a representação dos sons que falamos NÃO é natural na criança e sim uma construção social e histórica.

Por estes pressupostos refletimos sobre a inutilidade e até o perigo de inibir o pensamento algumas  práticas e como as abaixo citadas:

  • jogos de silabação: pa – pe – pi – po – pu – ma - me – mi ...
  • exercícios do tipo ligar a letra A com a palavra AMORA, a letra I com a palavra IGLU a letra U com a palavra UNHA, e assim sucessivamente numa série de exercícios.
  • exercícios de cópia ou desenho e treino da escrita da letra.
  • cópia da lousa. A lousa deve ser um lugar prazeroso onde a própria criança escreve e desenha.

A manhã foi muito proveitosa pois pudemos efletir ainda sobre:
  • Alfabetização, um processo contínuo
  • Neurolinguística e alfabetização

 
  • Recursos para facilitar o processo de leitura
  • Recursos para facilitar a ortografia